Certas partes
das Escrituras devem ser interpretadas literalmente e outras figuradamente
e ainda outras simbolicamente.
A. A
Interpretação Literal significa dar à
passagem em questão uma interpretação
comum, de bom senso, em que as palavras são tomadas no
sentido usual e costumeiro. É segundo a
"letra". Uma ilustração da
interpretação literal é
a passagem em Lucas 1.31-33 que fala clara e literalmente que Cristo nasceria
da Virgem, seria chamado o Filho de Deus e seria o Herdeiro do
trono do Seu pai Davi, segundo a carne, e que reinaria nesse trono sobre os
descendentes de Jacó. Esta regra de interpretação
literal é a regra recomendada na maioria dos
casos. Devemos usá-la sempre que for
possível. Há passagens que não
se podem interpretar literalmente, por seu conteúdo, ou porque
outras razões óbvias
fazem-nas exigir uma interpretação figurada ou
simbólica. Mas sempre que for
possível, deve-se empregar o modo literal.
Em contraste com isso, temos
B. A
Interpretação Figurada que se dá
às passagens que empregam figuras de
linguagem. Por exemplo, em Hebreus 4.7 o apóstolo nos
exorta: "... não endureçais os vossos
corações". Em João
10.9 Jesus disse: "Eu sou a porta" e em João
6.48 Ele disse: "Eu sou o pão da
vida". Naturalmente, tais passagens não significam
que os nossos corações sejam fisicamente endurecidos, mas
sim que sejam sensíveis ao toque do Espírito
de Deus; nem que Cristo é uma porta de madeira, ou do curral,
mas sim que Ele é a porta de entrada para a vida
eterna. Semelhantemente, Ele não é
um pão literal e, sim, como pão
que sustenta espiritualmente aquele que dEle se alimenta.
C. A
Interpretação Simbólica é
o que usamos quando se trata de objetos animados ou inanimados, que se usa paralelamente
a fim de esclarecer o assunto. Nos capítulos 2 e 7 de
Daniel encontramos este tipo de interpretação, usado pelo
próprio Espírito Santo. Os
reinos gentílicos mundiais desde o babilônio
Nabucodonosor até ao tempo do retorno de Cristo são
representados pelos vários metais da grande estátua
vista pelo monarca e depois pelas várias feras
vorazes que o profeta Daniel viu.
Convém
lembrar que, mesmo na interpretação figurada ou
simbólica, devemos sempre procurar a
verdade literal, a mensagem
divina, contida na
passagem em apreço.
Os Plano divino através dos séculos : estudo
das
dispensações / N. Lawrence Olson. - 6. ed. –
Rio de
Janeiro :
Casa
Publicadora das Assembléias de Deus, 1981.
1.
Dispensações 2. Escatologia I. Título
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